Em assembleia geral, ocorrida na tarde desta segunda-feira (11), no auditório do DEGEO, no campus Morro do Cruzeiro, os Trabalhadores Técnico-Administrativos da UFOP aprovaram a deflagração da greve com início no dia 25/03. Ao todo, 184 pessoas participaram da assembleia. Cabe lembrar que a assembleia anterior da categoria, realizada no dia 29/02, já havia aprovado o indicativo de greve.

Foram colocadas em votação três propostas de início da greve : (1) início em 15/03; (2) início em 18/03 e início em 25/03 (proposto pela Diretoria). A terceira proposta foi a mais votada com 60 votos. A primeira e a segunda tiveram, respectivamente, 28 e 14 votos.

O objetivo central do movimento grevista é exercer pressão sobre o governo em prol da recomposição salarial dos servidores TAE’s para este ano de 2024, além da reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE). É fundamental ressaltar que o governo reiterou na reunião da Mesa Permanecente de Negociação, ocorrida no dia 28/02, sua política de reajuste zero para a categoria em 2024, propondo um aumento de 9% dividido ao longo de dois anos (2025 e 2026), o que se mostra significativamente aquém da recomposição das perdas inflacionárias acumuladas nos últimos anos. Recorda-se que os TAEs enfrentaram um congelamento salarial ao longo dos dois anos do governo de Michel Temer e durante todo o período do governo de Jair Bolsonaro.

Durante a assembleia, o início da greve em 25/03 foi justificado pela Diretoria em razão de dinâmicas internas da UFOP, como o calendário de acadêmico – uma vez que a Instituição se encontra de férias com retorno no dia 31/03 – e o alargamento do prazo para organização e mobilização do movimento paredistas para estabelecer exigências da greve, como o plano de recomposição de horas paralisadas, e demais orientações da Instrução Normativa nº 49.


Veja abaixo os eixos da greve:

EIXO ESPECÍFICO:

  • Reestruturação do PCCTAE com orçamento necessário – incluindo a recomposição salarial.

EIXO GERAL:

  • Recomposição orçamentária das instituições no mínimo ao patamar de 2015;
  • Revogação da IN /2023 que impede direito de greve;
  • 30 horas para todos;
  • Não ao ponto Eletrônico;
  • Reposicionamento dos aposentados;
  • Reposição do quadro, concurso já para todos os cargos – chega de terceirização;
  • Deposição dos Reitores Interventores.
  • Fim da lista Tríplice – Paridade nas eleições para a Reitoria.
  • Normatização do artigo 76 da Lei 8.112/90 – horas fixas.
  • Normatização do Plantão 12/60 nos HU;
  • Contra a Reforma Administrativa;
  • Revogação da Lei da EBSERH.
  • Fim das normativas que dificultam o direito à insalubridade.

    Conforme informou a FASUBRA, 32 Universidades já estão com a greve deflagrada para o dia 11 de março, enquanto que 18, farão assembleias no dia 11, outras 4 entidades as farão no decorrer da próxima semana e 12 instituições ainda não se manifestaram.

    As pessoas que se inscreveram para participar do Comando Local de Greve foram: Hilton Timóteo, Paulo Vitor, Isabel, Eliane Lima, Adilson Ribeiro, Fábio Luiz, Vicente Cândido, Paula Stockler, Geraldo César, além dos membros da Diretoria do ASSUFOP: Gabriel Souza, Silvia Nahas, Eduardo Evangelista, Adilson Martins, Élcio Rodrigues, Flávio Henrique, Thiago Caldeira, Anderson Medeiros, Marcelo Henrique, Maria de Fátima Bicalho, Tatiana Hundrel, Natielly Alves, José da SIlva Gomes. Nesta terça-feira, 12 de março, o Comando Local de Greve fará sua primeira reunião na sede do ASSUFOP para começar os trabalhos do movimento paredista.

    O Comando Nacional de Greve será formado no dia 18/03.

    Cabe reforçar que é de fundamental importância que a base participe das mobilizações que serão convocadas pelo Comando de Greve.
    Só se faz uma greve forte com uma participação ativa dos trabalhadores!
    Basta de enrolação, agora é GREVE!

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